Uma crise interna em uma das principais facções criminosas de Santa Catarina tem colocado as forças de segurança do Estado em alerta máximo desde a última sexta-feira (16). O racha entre os líderes da organização — com forte atuação dentro e fora do sistema prisional — começou após suspeitas de golpe interno. Sete integrantes foram afastados por ordem dos chefes presos, gerando uma escalada de ameaças e represálias. 681y69
Foto e informações: NSC
O conflito está sendo monitorado por equipes da Polícia Militar, Polícia Civil, Departamento de istração Prisional (Deap), Polícia Penal, além do Ministério Público de SC (MP-SC), que trabalham em conjunto para evitar desdobramentos violentos nas ruas.
As trocas de mensagens entre criminosos começaram a circular a partir da Penitenciária de São Pedro de Alcântara, na Grande Florianópolis, onde um dos chefes da facção está preso. Outro líder, também envolvido no comando da organização, está custodiado na Penitenciária Federal de Mossoró (RN).
Os dois ordenaram o afastamento de sete membros suspeitos de traição. Em reação, os dissidentes também declararam a destituição dos chefes e acusaram os líderes de desvio de recursos e de agirem em benefício próprio.
A tensão aumentou quando ambos os lados emitiram ordens de execução mútua — uma prática conhecida no meio criminoso como "decretação". Um dos líderes dissidentes, que está foragido no Rio de Janeiro, chegou a roubar armas da facção e tenta se reorganizar com apoio de membros de uma facção carioca.
Apesar do aumento do poder bélico em bairros da Grande Florianópolis, ainda não houve confrontos diretos registrados. O Estado, que já enfrentou episódios de ataques coordenados por facções no ado, permanece em alerta para evitar nova onda de violência.